sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Reconstrução da Capela



A sua reconstrução envolveu o trabalho de muitas pessoas e também, como seria óbvio ,o dispêndio de alguma quantia em dinheiro. Algumas dessas pessoas doaram as imagens do Stº António, da Nª Sª de Fátima e do Sº João, outras os pequenos acessórios inerentes ao contexto da igreja católica.
A reconstrução em termos de interiores foi concentrada objectivamente no altar e nas pinturas ,que foram efectuadas com ouro velho nas madeiras consumidas pelo tempo. O púlpito existente também "sofreu" algumas remodelações, não afectando a sua estrutura, por sua vez o coro teve que ter uma maior atenção, visto o mesmo estar num estado de ruína já muito adiantado.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Festividades Nª Sª de Boa Morte




Em honra da Nª Sª de Boa Morte têm-se realizado todos os anos, após a reinauguração da sua capela, festividades que se iniciam com uma missa, à qual se segue uma procissão que percorre uma parte da povoação. As mesmas decorrem durante o mês de Julho, verificando-se uma grande afluência de forasteiros que contribuem para a sua maior visibilidade e dinâmica.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Capela Nª Sª de Boa Morte





A capela existente e denominada por Nossa Senhora de Boa Morte,esteve durante anos a degradar-se tendo chegado a um estado deplorável. No entanto, por iniciativa do Sr. Joaquim Fernandes Correia e esposa, foi encetado um peditório para a reconstrução da mesma. O contributo monetário oferecido pelos habitantes e outro benfeitores,veio ajudar à sua recuperação. Hoje totalmente reconstruída, oferece a todos os visitantes uma imagem generosa da sua beleza.
O culto a Nossa Senhora de Boa Morte é uma tradição da igreja católica. No ano de 1661, em Lombo do Atouquia, freguesia de Calheta, Açores, já existia uma capela da Nossa Senhora de Boa Morte, fundada por Francisco Homem de Couto. O culto passou fronteiras tendo a sua maior presença no Brasil.
Em relação à Virgem, o título Senhora de Boa Morte está ligado ao final da oração denominada "Avé Maria": "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte".

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A CASA de ANTELAS

Esta casa remonta ao séc. XVII e pertenceu à D. Maria das Dores, embora esta casa fosse mais conhecida por a casa do Dr. Joaquim de Almeida, pessoa muito ilustre nesse tempo, que era irmão da D. Maria das Dores.
A casa passaria depois para a D. Maria José que deixaria herdeiro o Dr. José Dinis Vieira, que era um médico muito conceituado. Esta família estava intimamente ligada com a casa de Pereiras, já que o Dr. Joaquim de Almeida era irmão do Dr. António, dono dessa casa.
A casa em si não tem um grande valor, até que está em ruínas. Entrava-se por uma porteira que iria dar para um terreiro rectangular interior. Do lado direito ficava a cozinha grande, imponente, cuja chaminé é grandiosa, assim como o forno em que toda a freguesia cozia o pão (a grande característica desta povoação é a sua grande interajuda e espírito comunitário, quando aqui fomos, estava uma malhadeira a malhar o centeio de toda a freguesia, claro que todos ajudavam, às vezes, contaram-nos, ainda hoje, se juntam cerca de 17 a 18 pessoas para, por exemplo, ir sachar uma terra de milho), hoje por lamentável que seja a cozinha serve de galinheiro.
Pouco adiante há uma sala enorme onde a freguesia se juntava para fazer os seus bailes. Depois eram os quartos pequenos e atarracados como é característico. Do lado esquerdo, onde hoje estão alojados os os armamentos para os animais e é guardado o pasto, seria em tempos uma capela e realmente pela configuração do aposento podemos confirmá-lo.
Conta-se também que na casa em frente a esta, por uma janela, o Dr. Pinto de Viseu assistia à missa, isto antes dele se ter zangado e mandado fazer uma capela dentro da sua propriedade, cuja a padroeira é a Senhora da Boa Morte que hoje se encontra bastante danificada, entrando nomeadamente chuva lá dentro. Da antiga capela nada resta, já que se conta que o oratório foi vendido para Beja.
A casa além de ameaçar ruínas tem também uma característica: a parte de baixo foi vendido e o proprietário é o Sr. Aires Moita; a parte de cima foi vendida e é do Sr. António Lopes.
É uma pena que uma casa como esta esteja em tão avançado estado de degradação, o mesmo é tão grande que em algumas divisões nem se pode entrar visto o chão estár a cair.
Estes elementos foram gentilmente cedidos pelo Sr. Filipe Soares actual responsável pelo Museu Municipal de Oliveira de Frades(10/2008).

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dt. Joaquim de Almeida


Médico, natural da povoação de Antelas, freguesia de Pinheiro de Lafões e terá vivido entre a 2.ª metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX.
É oriundo da “Casa dos Sete Doutores”, assim conhecida por a ela estarem associados sete irmãos (médicos na sua maioria), conhecidos pela “Geração de Antelas”.
 Destacou-se também pela sua participação política, sendo partidário de um dos dois partidos monárquicos da altura (Partido Regenerador/Partido Progressista), desconhecendo-se contúdo, qualquer cargo político (local ou nacional) que tenha desempenhado.
 Entre os relevantes serviços prestados ao concelho pelo Dr. Joaquim de Almeida, destaca-se a restauração definitiva da Comarca de Oliveira de Frades, em 9 de Novembro de 1904.
 A título de homenagem, o seu nome foi dado ao largo fronteiriço ao edifício dos Paços do Concelho. 
 Está sepultado em jazigo subterrâneo no Cemitério Paroquial de Pinheiro de Lafões.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PINHEIRO de LAFÕES-A Minha Freguesia









No século XVI, segundo o «Cadastro das Populações do Reino»(1527) a freguesia de Pinheiro de Lafões era constituída por 13 lugares com um total de 73 fogos, assim distribuidos:
Pinho----------------10-Paços----------------02-Catriz---------------08-Nespereira-----------10-Povoa da Prova-------02-Amtelas--------------04-Paredes--------------12-Povoa do Souoreiro---02-Pereiras-------------05-Ral------------------04-Ponte Forra----------03-Couso----------------06-Porto Ferro----------05

Em 1758 possuía 188 fogos e 206 no primeiro quartel do século XIX. Em 1960 possuía 374 fogos com 1472 habitantes. Em 1970 registaram-se 1163 fogos e 1218 habitantes.
A toponímia desta freguesia é o primeiro indício da antiguidade do seu povoamento. Em 1258 já a paróquia de S. Maria de Pinheiro pertencente à dilatada «terra», distrito ou julgado de Lafões, estava constituída e, decerto, há muito. Compunham-na, no século XIII, as «vilas» rústicas de Guetriz, Nespereira, Paredes Secas, Pereiras, Pinheiro, Porto(de)Ferreiro, Rial e Vespeiras. Paredes alude à arqueologia local e ao povoamento pré-histórico. No geral, são vizinhos de castros lusitanos todos os lugares que em Portugal se denominam Paredes Secas. Parece-nos difícil de determinar o sentido do segundo termo, ligado ao primeiro. Guetriz um genitivo do nome pessoal que deu origem a uma povoação fundada por um germânico, Guedaricus-com início, portanto numa Guedarici Villa «vila» ou quinta de Guedaricus. O nome Vitericus também se presta à interpretação. Do século XI para o século XII possuía aqui bens o rico-homen da «schola» do conde D.Henrique João Gosendo parece que o governador da «terra» de Lafões por toda a qual teve bens numerosíssimos, uns de herança e outros de compra, de cujos títulos estão publicados muitos documentos. Em 1101 Diogo Peres e sua mulher Matrona venderam a D. joão Gosendes e sua mulher, D. Ximena Froiaz muitos bens em várias terras destas imediações entre as quais em Nespereira e em Porto(de)Ferreiro. Este nome era pessoal e muito usado até ao século XIII(nalguns casos, porém, alcunha). O mosteiro de S. Cruz de Coimbra veio a possuir nesta freguesia muitas herdades(um casal em Paredes Secas, seis em Pinheiro, toda a «vila» de Pereiras e parte de Porto de Ferreiro: e como D. João Gosendes doou os seus bens aquele mosteiro, parece pouco de duvidar que fosse este nobre o doador daqueles-e, portanto,um remoto senhor de honras que havia na paróquia de Pinheiro. A sua linhagem e de sua mulher, Dona Ximena, não são fáceis de determinar. Parece que a sua residência era em Coimbra; e em 1087 assistia na cúria do conde Sisnando, governador do território entre o Douro e as terras ainda dominadas pelos Árabes. Data de 1092 a sua primeira doação, a S. Salvador de Coimbra, por alma de seu irmão, Nuno Gosendes. Outras fez à Sé de Coimbra. No sítio de Fiais havia quatro casais que pertenciam ao mosteiro de S.João de Tarouca e o de Salzedas tinha, também, um nos quais ia na hoste e anúduva. Na relação dos bens de Salzedas organizada por Frei B. dos Reis não figura estas possessão entre os do dito mosteiro em «terra» de Lafões. Talvez nessa época(1610) estivesse perdido o título do cartório e o mosteiro já não lograsse esse casal-tudo por incúria dos abades(de que há muitos exemplos análogos).À freguesia foi chamada Pinheiro de Lafões(esta designação porém, não se encontra na Idade Média); e diz-se que o topónimo é devido à existência de um enorme e velho pinheiro, que abrigou uma antiquíssima ermida de S. Maria(que se substituiu pela matriz) e que um temporal derrubou no princípio do século XVIII. Trata-se de interpretação frágil, dada a grande antiguidade do topónimo. Este, supomos, deve corresponder antes a um baixo latim «pinarius»-adjectivo significando, em expressão plena, o terreno propício à proliferação do pinheiro(«pinus»).

Últimos Posts