segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A energia nos "tempos modernos"




A viagem no tempo foi efectuada e hoje procuram-se novas alternativas para minimizar a falta de "fontes", que produzam energia eléctrica.O parque eólico do Caramulo é uma dessas "fontes", o maior da região de Viseu e o segundo maior do País. Com 45 aerogeradores já produz electricidade suficiente para 140 mil pessoas, mais que o total de habitantes daquela cidade, informou ontem a GENERG.Localizado nos concelhos de Oliveira de Frades, Tondela e Vouzela, o parque do Caramulo – que ficou completo nos últimos dias –, é, no entanto, o terceiro do País em aproveitamento eólico, com uma potência instalada de 90 megawatts (MW) ao que corresponde, segundo a Generg, 200 gigawatts/hora (GWh) de “energia limpa”.

A GENERG já construiu o maior parque eólico do País, no Pinhal Interior, que, “apesar de não estar ainda concluído, já tem em funcionamento 124 MW”, adiantou à Agência Lusa João Bernardo, da empresa.Com a recente entrada em funcionamento dos três últimos aerogeradores – de um novo modelo, o E-82, de dois MW cada –, de um total de 45, o parque eólico do Caramulo, orçou em 95 milhões de euros.O parque do Caramulo, segundo João Bernardo, é constituído por um conjunto de unidades geograficamente separadas (três sub-parques) que reúnem a energia produzida e a entregam à rede numa subestação comum.


EXPORTADORES DE ENERGIA

O parque da GENERG, na Serra do Caramulo, transformou Oliveira de Frades, Tondela e Vouzela, que no conjunto têm cerca de 55 mil habitantes, em concelhos exportadores de energia.Os três concelhos onde está situado o parque eólico do Caramulo, recebem, em partes iguais, as rendas anuais previstas na legislação, que a GENERG não especifica, sublinhando, no entanto, a importância “estruturante” que a energia ali produzida tem para a rede eléctrica nacional. “Contribui também para a redução da importação de energia, reduzindo, à sua escala, a forte dependência nacional”, representando 2,5 p

domingo, 18 de janeiro de 2009

A Iluminação nos "velhos tempos"

O fornecimento de luz eléctrica em várias povoações deste concelho começou por volta de 1960. Até aí as pessoas usavam para iluminação principalmente candeias de azeite, candeeiros de petróleo,lanternas,petromaxes ou gasómetros.
Em lagares usava-se uma candeia de azeite de maior volume, com quatro bicos e torcidas e chamas maiores. Chamavam-se candeios.
Quantas pessoas estudaram à luz de candeeiros a petróleo!  Quantas donas de casa fizeram malha ou costura à luz de tal tipo de iluminação!
Quando falamos de “petróleo” em relação a candeeiros, deveríamos ser mais rigorosos e chamar-lhe “querosene” ou “petróleo de iluminação”. Este líquido avermelhado de cheiro característico vendia-se em todas as lojas/ mercearias. Nas candeias e nos candeeiros existia uma torcida embebida em parte no combustível. Devido a uma interessante lei da física, o combustível subia ao longo da torcida. Quando se acendia a ponta da torcida, a chama produzida ia consumindo o combustível e a torcida.
Os candeeiros a petróleo eram em geral de vidro. Alguns tinham um pé alto. As torcidas vendiam-se nas lojas e eram achatadas. Podiam subir ou descer por meio duma roda exterior ligada a outra que tinha dentes e estava em contacto com as torcidas. Estes candeeiros tinham chaminés de vidro que protegiam as chamas.
Para acender um candeeiro a petróleo, retirava-se a chaminé e chegava-se à torcida um fósforo a arder. Para apagar o candeeiro, levantava-se a chaminé e apagava-se a chama com um sopro.
Em certas casas havia suportes para candeeiros a petróleo. Noutras eram colocados onde era mais cómodo e útil, como por exemplo, na mesa de cabeceira, na mesa de refeição ou em cima duma cadeira ao pé da lareira.
Havia candeeiros a petróleo apropriados para usar na rua ou em palheiros. Eram feitos de lata e tinham uma pega para transporte. Podia-se levantar e baixar a chaminé por meio duma mola. Com a mesma finalidade se podiam usar as lanternas, em que quatro vidros laterais protegiam a chama. As lanternas redondas eram utilizadas normalmente, nas charretes. O lampião devido ás suas dimensões, era fixado nos tectos das habitações ou numa parede.
Para uma luz forte atingindo um espaço considerável havia o petromax. Um petromax tinha na base um depósito para querosene e uma bomba manual. Esta servia para introduzir ar que pressionava o combustível e o fazia subir e cair, vaporizado, por um orifício muito pequeno, dentro duma camisa redonda e comprida a que previamente se tinha chegado fogo. A camisa ficava incandescente. A luz produzida era muito clara e de grande intensidade. Ao fim de um par de horas de funcionamento contínuo era necessário dar á bomba ao "petromax" para aumentar a pressão e reavivar a luz.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Fonte/Mina



As minas assemelham-se a bacias, nas quais se acumula água pura,cristalina, e fresca. À volta da mina tudo é vida, tudo é verde, crescem Avencas e outras plantas inerentes ao ambiente circundante. E se estamos com sede é banhar as mãos em forma de concha e sorver ávidamente a água fresca e limpída. É impossível beber água numa mina sem ter pensamentos de gratidão por haver na natureza algo de tão belo.
Passados alguns anos e ao voltar à velha mina/fonte que eu conheci em menino e moço, encontrei-a completamente abandonada e decrépita pela erosão do tempo. Hoje só ficam as lembranças do pedido, que se fazia normalmente à minha tia Maria,( isto na altura das férias e no pino do verão) de ir buscar um jarro com água da fonte. A água fresca(por vezes o jarro de vidro ficava embaciado) saciáva-nos e deixáva-nos retemperados.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

"O Morangueiro"




O morangueiro é um vinho em geral de cor violácea a rosada, com um intenso aroma frutado, que nalgumas circunstâncias lembra o cheiro do morango (daí o nome). Tem em geral baixa graduação alcoólica (7 a 10%), o que dificulta a sua conservação, transformando-se rapidamente em vinagre se exposto ao ar. Tal obriga a que o vinho seja normalmente consumido no ano de produção, sendo em geral os restos destilados para aguardente. Apesar dos enólogos o considerarem de muito baixa qualidade, o morangueiro é refrescante e por ser intensamente aromático é utilizado em refrescos (com uma bebida gasosa) e em culinária, continuando a ter grande número de apreciadores. Os produtores inter-específicos resultam do cruzamento entre uma vitis vinífera e uma vitis americana, solução encontrada para obter vinhas resistentes à filoxera. Os produtores directos americanos são cultores de vitis americana.  O morangueiro apareceu em Portugal na sequência da destruição dos vinhedos tradicionais causada pela filoxera. Ganhou particular relevo no norte do país (nomeadamente no Minho e no Douro Litoral), abrangendo zonas que pela sua humidade e altitude não permitem o cultivo da vinha europeia. Foi nessas zonas que este vinho ganhou maior adesão popular, particularmente porque as vinhas americanas produziam mais que as europeias. A competição feita aos bons vinhos foi intensa, redundando na proibição da comercialização do morangueiro. Nos Açores, a introdução das vinhas americanas, em particular da casta Isabel, levou ao quase desaparecimento das vinhas europeias, sendo ali produzido, em quantidade assinalável, um vinho do tipo morangueiro denominado vinho de cheiro, o qual é comercializado (em violação das normas europeias) e tem um importante papel na culinária e nas festividades tradicionais (é o vinho usado nos bodos dos Impérios do Divino Espírito Santo. No Brasil o morangueiro tem alguma presença no sul do país, não tendo qualquer importância comercial. Em Portugal a comercialização do morangueiro é proibida desde há algumas décadas, embora fosse amplamente tolerada. A União Europeia, a instâncias dos Estados membros produtores de vinho, proíbe a comercialização no espaço comunitário desde 1995, tendo, contudo, anunciado recentemente a intenção de rever essa norma. Em Trás-os-Montes, a eventual alteração legislativa poderá ter um reflexo positivo, pois permitirá reabilitar a produção deste vinho em alguns concelhos, nomeadamente em Montalegre (Covelo do Gerês), Boticas e Vila Pouca de Aguiar, zonas onde era tradicional. O mesmo acontece no Alto Minho e em certas localidades do Douro Litoral. Embora a proibição do vinho morangueiro se deva essencialmente a razões de protecção comercial aos vinhos de castas europeias, tem sido consistentemente alegado que o morangueiro é nocivo para a saúde pela presença do flavonóide malvina, a antocianina corante que lhe dá o tom violáceo, e por ser rico em metanol. Este último composto resulta do facto de algumas castas varietais (Noah, Isabelle, Concord e Ives) darem uvas com elevada acidez, pouco açúcar e película rica em pectina. Nestas circunstâncias, a pectina pode ser desdobrada em metanol por efeito das enzimas naturais. O metanol é altamente tóxico, afectando severamente, mesmo em pequenas concentrações, os olhos. Estudos mais recentes vieram lançar dúvidas sobre os efeitos nefastos da malvina e demonstrar que a presença de metanol é mais o resultado da má vinificação do que das características intrínsecas das uvas americanas. É com base nesses estudos que a Comissão Europeia admite que as castas interespecíficas não são necessariamente produtoras de vinho de má qualidade e que nem sempre põem em risco a saúde. Recomenda contudo, muita precaução quanto à sua elaboração, tendo em conta a percentagem de acidez do mosto e a sua relação directa com a presença de metanol.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

Canastros/Espigueiros



 O canastro, também chamado espigueiro ou caniço, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira,existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno. Os telhados eram essencialmente de colmo, mas há em lousa e mais recentemente em telha antiga. O chão era geralmente feito em madeira. Desconhece-se a origem dos primeiros canastros, mas pensa-se que possam ter origem na época do Castros. Se comparamos os canastros feitos com as construções nos antigos "Castros" vemos que seguem uma estrutura semelhante, podendo pensar-se que os canastros são uma variante dessa construção. Por isso penso que se devem tomar medidas protectoras na tentativa de preservar estas construções ancestrais, o que será uma mais valia para o nosso património e para a nossa cultura. 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Panóplias


Grande parte da minha infância durante o meu período de férias ,foi passada nesta povoação ,e no dia a dia, trocavam-se palavras com normalidade sobre nomes de terras de cultivo, que me deixavam ficar a pensar ,já nessa altura, qual  a origem das mesmas?
Por vezes interrogava algumas pessoas, tentando obter elementos para a natureza das ditas cujas , mas na maioria das vezes davam-me a seguinte resposta:"Sabes, isso já vem do tempo dos nossos avós" e mais não adiantavam.
Aqui fica uma panóplia desses mesmos nomes: 
Regadinha,Calvel,Bouço,Carvalhinho,Ribeira d'Além,Chão do Nabal,Lameiro do 
Coelho, Outeiro Quebrado,Coxinhos,Manguitos e muitas mais.


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