quinta-feira, 19 de maio de 2011

Contrastes




Ao viajar num intervalo do tempo, refugiei-me durante um período curto, em Antelas, procurando refazer ideias.
No intermédio resolvi fazer um passeio pedonal e rever locais que outrora percorria com uma maior regularidade.
No trajecto deparei-me com a construção de uma casa com traços futuristas, linhas rectilinias,com a incorporação de materiais mais evoluídos tais como o poliestireno extrudido ou o concreto translúcido, passando pelos paineis solares visando o aproveitamento das energias. Repousei durante alguns minutos e pensei na evolução,que por vezes incontrolável acaba por desvirtuar o belo e a traça original que ainda permanece por vezes intocável no nosso imaginário.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Meu Avô



Passei alguns períodos da minha vida em estreita comunhão com o meu avô, normalmente em períodos de férias ou nas quadras festivas.
Homem integro com a capacidade de se fazer respeitar por todos aqueles que o rodeavam. A sua palavra valia mais do que um qualquer contrato assinado entre ambas as partes, a sua postura embrenhava-se no nosso imaginário e todos nós o venerávamos.
Aqui fica a comemoração do seu último aniversário de vida..noventa e dois anos de uma vida de trabalho em prol da família.
Um bem haja pela sabedoria e respeito que incutiu em todos nós!

quinta-feira, 31 de março de 2011

O ENTREMEZ



O entremez (ou acto único, como também já se lhe tem chamado) consistia quase sempre numa peça curta que explorava, por vezes com acuidade cómico-satírica de recorte moral mais ou menos sincero, os multiformes flagrantes da vida real, conferindo-lhes um teor abertamente burlesco, através da linguagem utilizada, das situações expostas e das personagens apresentadas.
Quando criança e acompanhado pelos meus pais, deslocávamos-nos a algumas povoações vizinhas, caso particular de Cercosa. Hoje e passados anos está bem viva na minha memória esses momentos de puro entretenimento. Mas a sociedade evoluiu, as ofertas multiplicaram-se e o entremez foi caindo no esquecimento. Mas quem conheceu esta forma de cultura não esquece o seu valor.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A PODA



A poda é um dos actos que está directamente ligado ao trabalho da vinha, no nosso caso sabemos que deve ser feito, porque as gerações que nos antecederam o faziam, é verdade que muitos de nós nunca nos questionámos sobre estas coisas, é assim porque é assim, mas que se ao logo dos anos o fizeram por alguma razão foi.
Vamos tentar olhar olhar para a poda, questionando e tentando perceber.
Em Lafões o vinho americano é rei e senhor e a sua produção ainda se cumpre todos os anos, se bem com menos volume do que em tempos idos. Mas, como tudo, a vinha necessita de cuidados para que a época das colheitas seja proveitosa. As vinhas estão sujeitas a amanhos que, em grande parte,não diferem daqueles que se praticam em todas as regiões que têm nas vinhas parte dos seus trabalhos. Enxertia, poda, empa e rega são quatro procedimentos chave na construção de uma vinha.

Mas então o que é a poda?
Não é mais do que o corte de certas varas, com o fim aumentar a qualidade das uvas e melhorar as condições de produção da videira, conseguindo-se assim que as raízes possam estar proporcionais às vides que no futuro irão ser a ramagem da videira .

Quando é que deve ser feita a poda?
A poda deve ser feita quando as folhas já estão a a cair, ou seja aquilo que chamam o descanso vegetativo. Mas devemos ter também em atenção a nossa região pois se a poda for feita na altura das maiores geadas os cortes da poda podem demorar a cicatrizar.
Nunca se deve podar a seguir à vindima porque as folhas ainda estão a trabalhar e não foi ainda dado inicio ao processo de emigração das substâncias que estão nas folhas para as varas e cepas da videira.

O que aconteceria se as videiras não fossem podadas?
Se as videiras não fossem podadas as suas varas iam crescer muito finas, todas embrulhadas e os seus cachos seriam muitos e de bagos pequenos (com pouco sumo) em que o seu amadurecimento acabaria por ser irregular, acabando por produzir um vinho de baixa qualidade.

Porque podamos?
Além de querermos obter cachos maiores e com maior teor de sumo , com elevados teores de açúcar que dão origem a vinhos com maior graduação, queremos que a videira mantenha a sua produção constante ao longo dos anos e que além disso nos permita tratar da videira facilmente, quer seja a atar a por os paus, a sulfatar ou a cavar a terra (amanhar).

Atenção a ter na poda
Os cortes devem ser sempre bem rentes, lisos para que o corte cicatrize rapidamente e convenientemente. Nas varas, os cortes devem fazer-se um centímetro acima dos olhos (gomo). Os braços e os ramos mais grossos cortam-se com serrote, sendo depois o golpe alisado com uma navalha.
Deve ter-se o cuidado em fazer o menor número de cortes e que a grossura dos ramos cortados não seja muito grande, porque a cicatrização é tanto mais fácil, quanto menor for a grossura do ramo cortado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

As Janeiras



As janeiras já estão na rua um pouco por toda a região de Lafões.
Formam-se em grupos,alguns com várias dezenas de elementos, que cantam e animam as localidades,deslocando-se de casa em casa, ou posicionado-se num local central, desejando um bom Ano a todos os presentes.
No grupo de janeireiros, tocam-se vários instrumentos musicais, tais como a pandeireta, ferrinhos, tambores,e outros que se integram numa vasta panóplia. Em muitas aldeias esta tradição ainda se mantém viva, especialmente no Norte de Portugal, nas Beiras, mais concretamente na região de Lafões.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia de Finados na Freguesia de Pinheiro de Lafões

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
A ida aos cemitérios para depositar flores nas campas e assim prestar homenagem aos que já partiram é um ritual que se repete ano após ano, mas só nas últimas décadas passou a ser realizado no primeiro dia 1 de Novembro.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1ºde Novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.


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