segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DÓLMEN PINTADO de ANTELAS

Classificado como Monumento Nacional em 1990, o Dólmen ou Anta pintada de Antelas é um dos mais importantes vestígios materiais da cultura megalítica em Portugal. Este monumento do megalitismo nacional localiza-se entre as povoações de Pereiras e Antelas, a cerca de 5 km da vila de Oliveira de Frades.
A primeira referência ao dólmen surge numa publicação local da autoria de Amorim Girão e editada em 1921. As grandes escavações de 1956, conduzidas pelos investigadores Luís de Albuquerque e Castro, Octávio da Veiga Ferreira e Abel Viana, permitiram estudar devidamente este monumento megalítico. Concluída a campanha e retirado o espólio que nele se encontrava, o dólmen voltou a ser coberto de terra, solução provisória que pretendia preservar o local, particularmente as suas delicadas pinturas bicromáticas.
Esta anta ou dólmen beirão é formado por uma câmara poligonal de oito esteios de pedra e uma galeria de cinco metros de comprimento e nove esteios, atingindo uma altura máxima de 1,30 metros. Todos os esteios da cripta camarária ostentam pinturas a preto e vermelho. Nestas representam-se figurações antropomórficas estilizadas, símbolos alusivos à Lua e ao Sol, motivos decorativos geometrizantes - como linhas serpentiformes e ziguezagueantes -, labirintos, dentes de serra e outros.
Este dólmen constituía-se como um santuário, onde se invocariam as forças da natureza e se efetuariam rituais e práticas mágicas, como o testemunham as pinturas que cobrem os esteios da anta.
Os vestígios materiais encontrados nas escavações são constituídos exclusivamente por instrumentos em pedra, com destaque para três machados de pedra polida, uma placa lisa de xisto, uma faca de sílex e diversos micrólitos, igualmente em sílex. Este espólio lítico ajudou à datação relativa da anta megalítica, que se situará, provavelmente, entre os 4500 e os 3500 anos a. C.







segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Antelas nos anos "dourados" do Raly de Portugal





Mais de treze anos separam as duas fotos publicadas.

A primeira, ilustra a passagem de Richard Burns  pela difícil classificativa do Ladário no decurso da trigésima segunda edição do Rali de Portugal, disputada em 1998.

A outra foi tirada no decurso do presente mês de Agosto, funcionando como um testemunho visual actualizado do mesmíssimo local.

Trata-se, em suma, de uma longa esquerda já no quilómetro final da classificativa, próximo da bonita povoação de Antelas, que foi ao longo dos anos reunindo preferência de muitos adeptos pela fácil acessibilidade a partir do antigo IP5, mas acima de tudo devido à espectacularidade como os pilotos negociavam a sua abordagem através do desequilíbrio dos bólides durante o processo de travagem [arte bem visível, aliás, no pequeno excerto de imagens que abaixo colocamos], para depois acelerarem convictamente em poderosos mas controlados power-slides.

Não conhecíamos pessoalmente a classificativa de Ladário [um interessantíssimo elo de ligação entre as zonas de Sever do Vouga e Oliveira de Frades, ambas de grande relevo no contexto da história do Rali de Portugal] pelo que corrigimos tal lacuna em recente périplo exclusivo pelo local.

Disputado nos anos setenta e regressado na segunda metade da década de noventa [há pequenas diferenças no percurso da classificativa relativamente a essas duas realidades do Rali de Portugal], o troço do Ladário em 1997 disputou-se em sentido contrário ao que a foto de Richard Burns/Robert Reid acima ilustra, pelo que a longa esquerda no final da classificativa deu então lugar a uma direita logo no seu início, como pensamos, embora sem certezas, documentar a foto que abaixo republicamos, com Kenneth Eriksson/Staffan Parmander aos comandos do Subaru Impreza WRC.
http://zona-espectaculo.blogspot.pt/2011


CLASSIFICATIVA: Ladário [em algumas edições do Rali de Portugal teve as designações oficiais de «Ladário/Oliveira de Frades» e «Oliveira de Frades/Ladário»].
PISO: Terra/gravilha.
ANOS EM QUE SE DISPUTOU [Rali de Portugal]: 1974 a 1978, 1995 e 1997 a 1999 [edições em que a prova foi pontuável para o campeonato do mundo de Ralis].

ANO: 1974.
EXTENSÃO: 9.00 kms.

- LADÁRIO '1':
VENCEDORES: Raffaele Pinto/Arnaldo Bernacchini.
CARRO: Fiat Abarth 124 Rallye.
TEMPO REALIZADO: 7m:31s.
MÉDIA HORÁRIA: 71.84 kms/h.

- LADÁRIO '2':
VENCEDORES: Raffaele Pinto/Arnaldo Bernacchini.
CARRO: Fiat Abarth 124 Rallye.
TEMPO REALIZADO: 8m:29s.
MÉDIA HORÁRIA: 63.65 kms/h.

ANO: 1975.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ove Andersson/Arne Hertz.
CARRO: Toyota Corolla.
TEMPO REALIZADO: 7m:57s.
MÉDIA HORÁRIA: 67.92 kms/h.

ANO: 1976.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ove Andersson/Arne Hertz.
CARRO: Toyota Celica 2000 GT.
TEMPO REALIZADO: 7m:22s.
MÉDIA HORÁRIA: 73.30 kms/h.

ANO: 1977.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Ari Vatanen/Peter Bryant.
CARRO: Ford Escort RS 1800.
TEMPO REALIZADO: 7m:30.
MÉDIA HORÁRIA: 72.00 kms/h.

ANO: 1978.
EXTENSÃO: 9.00 kms.
VENCEDORES: Bjorn Waldegard/Hans Thorszelius.
CARRO: Ford Escort RS 1800.
TEMPO REALIZADO: 7m:25s.
MÉDIA HORÁRIA: 72.81 kms/h.

ANO: 1995.
EXTENSÃO: 11.43 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Carlos Sainz/Luís Moya.
CARRO: Subaru Impreza 555.
TEMPO REALIZADO: 8m:07s.
MÉDIA HORÁRIA: 84.49 kms/h.

ANO: 1997.
EXTENSÃO: 11.19 kms.
DESIGNAÇÃO: «Oliveira de Frades/Ladário».
VENCEDORES: Tommi Makinen/Seppo Harjanne.
CARRO: Mitsubishi Lancer Evo 4.
TEMPO REALIZADO: 8m:28s.
MÉDIA HORÁRIA: 79.30 kms/h.

ANO: 1998.
EXTENSÃO: 11.22 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Colin McRae/Nicky Grist.
CARRO: Subaru Impreza WRC.
TEMPO REALIZADO: 8m:17s.
MÉDIA HORÁRIA: 81.27 kms/h.

ANO: 1999.
EXTENSÃO: 11.26 kms.
DESIGNAÇÃO: «Ladário/Oliveira de Frades».
VENCEDORES: Richard Burns/Robert Reid.
CARRO: Subaru Impreza WRC.
TEMPO REALIZADO: 7m:43s.
MÉDIA HORÁRIA: 87.48 kms/h.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MANJARES de LAFÕES

A cozinha regional, abre o apetite aos visitantes desta região, e na conjunção da sua qualidade com o desfrutar das suas belas paisagens, proporciona aos forasteiros uma viagem inesquecível, que perdurará nos tempos.





sábado, 8 de setembro de 2012

ANTA de ANTELAS

anta pintada de Antelas (Pinheiro (Oliveira de Frades)Portugal) é um monumento nacional desde 1990[1] , devido ao grande interesse das pinturas rupestres, a vermelho e a preto, que decoram a sua câmara, e sem dúvida as melhor conservadas de toda a Península Ibérica. De acordo com as datações obtidas pelo Carbono 14, a sua construção terá ocorrido entre 3.625 e 3.140 A.C., portanto no IV milénio A.C.
É constituída por uma câmara funerária, com oito esteios, de granito, com cerca de 2,5 m de altura, e um corredor ortostático, diferenciado da câmara, em altura e em planta, abrindo-se aproximadamente a nascente.





quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Do Litoral para o Interior

Neste caso mais uma migração do litoral para o interior, tendo como positivo o repovoamento desta povoação.
A casa em reconstrução é da Dª Irene, e tem absorvido grande parte dos seus tempos livres na procura de dinâmicas para um acabamento mais célere.







 Um dos principais materiais utilizados na construção das casas, por excelência é o granito material preferido, dado a sua facilidade de trabalho e a resistência ao esforço e a alterações. O granito de grão grosseiro e de duas micas, que predomina no norte de Portugal, não se presta à feitura de ornamentos delicados, mas harmoniza-se com as formas singelas de estilo românico.



No passado a construção de habitações (outros edifícios) era feita de materiais da própria região como sejam os calhaus rolados do rio (“bolas”), o granito, o xisto, o barro
vermelho, a madeira (castanho e pinho) e a telha portuguesa ou canudo.
As paredes exteriores eram construídas com as “bolas” depois de partidas ao meio, o granito era utilizado para a construção das esquinas das casas e para o suporte das janelas, o xisto era colocado sobre as janelas e o barro vermelho servia para vedar as paredes.Interiormente as paredes e o soalho da casa eram em madeira de pinho,assentando este último em barrotes de castanho. O divisionamento da casa era feito da seguinte forma: no rés-do-chão encontravam-se o curral e/ou arrumos e no primeiro andar a cozinha, os quartos (normalmente em número de dois), e a varanda em madeira,sendo a ligação entre os dois pisos feita por uma escada interior em madeira.
A razão desta divisão tinha a ver com as condições climatéricas da região, pois a presença de animais no rés-do-chão fornecia calor ao piso superior. Outra característica destas habitações era a não existência de chaminés, vistos os fumos saírem directamente pelo tecto. Hoje, apesar do ainda existente património arquitectónico, a dificuldade de loteamento, o retorno dos emigrantes, têm contribuído para a progressiva destruição do núcleo urbano das povoações com maiores características tradicionais.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Festas em Honra Nª Sª de Boa Morte










Mais um ano em que a tradição se manteve, com algum esforço e perseverança da parte da comissão de festas, que elaborou dentro das suas possibilidades, um fim de semana dedicado ás festividades. Num Sábado muito solarengo, mas com um final de dia extremamente frio,  valeu-nos o som do grupo musical para afastar a inércia  e em pouco tempo a alegria e o calor humano já se fazia sentir. Também  a cerveja, acompanhada de umas suculentas febras, ajudou a que  o frio se evaporasse rapidamente.
O Domingo foi dedicado á festa católica, com a celebração da missa na capela, à qual se seguiu a procissão, que percorreu a povoação enquadrada por um elevado número de forasteiros.

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