sábado, 19 de fevereiro de 2011
A PODA
A poda é um dos actos que está directamente ligado ao trabalho da vinha, no nosso caso sabemos que deve ser feito, porque as gerações que nos antecederam o faziam, é verdade que muitos de nós nunca nos questionámos sobre estas coisas, é assim porque é assim, mas que se ao logo dos anos o fizeram por alguma razão foi.
Vamos tentar olhar olhar para a poda, questionando e tentando perceber.
Em Lafões o vinho americano é rei e senhor e a sua produção ainda se cumpre todos os anos, se bem com menos volume do que em tempos idos. Mas, como tudo, a vinha necessita de cuidados para que a época das colheitas seja proveitosa. As vinhas estão sujeitas a amanhos que, em grande parte,não diferem daqueles que se praticam em todas as regiões que têm nas vinhas parte dos seus trabalhos. Enxertia, poda, empa e rega são quatro procedimentos chave na construção de uma vinha.
Mas então o que é a poda?
Não é mais do que o corte de certas varas, com o fim aumentar a qualidade das uvas e melhorar as condições de produção da videira, conseguindo-se assim que as raízes possam estar proporcionais às vides que no futuro irão ser a ramagem da videira .
Quando é que deve ser feita a poda?
A poda deve ser feita quando as folhas já estão a a cair, ou seja aquilo que chamam o descanso vegetativo. Mas devemos ter também em atenção a nossa região pois se a poda for feita na altura das maiores geadas os cortes da poda podem demorar a cicatrizar.
Nunca se deve podar a seguir à vindima porque as folhas ainda estão a trabalhar e não foi ainda dado inicio ao processo de emigração das substâncias que estão nas folhas para as varas e cepas da videira.
O que aconteceria se as videiras não fossem podadas?
Se as videiras não fossem podadas as suas varas iam crescer muito finas, todas embrulhadas e os seus cachos seriam muitos e de bagos pequenos (com pouco sumo) em que o seu amadurecimento acabaria por ser irregular, acabando por produzir um vinho de baixa qualidade.
Porque podamos?
Além de querermos obter cachos maiores e com maior teor de sumo , com elevados teores de açúcar que dão origem a vinhos com maior graduação, queremos que a videira mantenha a sua produção constante ao longo dos anos e que além disso nos permita tratar da videira facilmente, quer seja a atar a por os paus, a sulfatar ou a cavar a terra (amanhar).
Atenção a ter na poda
Os cortes devem ser sempre bem rentes, lisos para que o corte cicatrize rapidamente e convenientemente. Nas varas, os cortes devem fazer-se um centímetro acima dos olhos (gomo). Os braços e os ramos mais grossos cortam-se com serrote, sendo depois o golpe alisado com uma navalha.
Deve ter-se o cuidado em fazer o menor número de cortes e que a grossura dos ramos cortados não seja muito grande, porque a cicatrização é tanto mais fácil, quanto menor for a grossura do ramo cortado.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
As Janeiras
As janeiras já estão na rua um pouco por toda a região de Lafões.
Formam-se em grupos,alguns com várias dezenas de elementos, que cantam e animam as localidades,deslocando-se de casa em casa, ou posicionado-se num local central, desejando um bom Ano a todos os presentes.
No grupo de janeireiros, tocam-se vários instrumentos musicais, tais como a pandeireta, ferrinhos, tambores,e outros que se integram numa vasta panóplia. Em muitas aldeias esta tradição ainda se mantém viva, especialmente no Norte de Portugal, nas Beiras, mais concretamente na região de Lafões.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Dia de Finados na Freguesia de Pinheiro de Lafões
A ida aos cemitérios para depositar flores nas campas e assim prestar homenagem aos que já partiram é um ritual que se repete ano após ano, mas só nas últimas décadas passou a ser realizado no primeiro dia 1 de Novembro.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1ºde Novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
O Poder Autárquico
Nota: No período anterior a Abril de 1974 existiam as Câmaras Municipais, na total dependência do governo que, para além da nomeação do presidente da Câmara, dispunha de poderes de dissolução, sendo algumas deliberações municipais aprovadas obrigatoriamente pela Administração Central. O financiamento era feito com comparticipações do Estado e através de angariação de fundos para obras públicas. Quando se dá o 25 de Abril, esta máquina administrativa é extinta e são criadas as Comissões Administrativas, que asseguraram a gestão autárquica e todo o trabalho voluntário conseguido então e que vigoram até às primeiras eleições de 1976.
domingo, 5 de setembro de 2010
Restauração da Capela
Vão ficar registadas através de fotos, algumas variantes da reconstrução da Capela da Nª Sª de Boa Morte.
O tempo de recuperação não foi longo, pois houve por parte dos intervenientes o maior empenho na sua finalização. A todos aqueles que contribuiram na sua realização, um bem haja por preservarem edifícios que marcaram a origem das nossas raízes!
sábado, 7 de agosto de 2010
A Imprensa Regional
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Festas Nª Sª de Boa Morte
Sábado, espectáculo musical com a presença do conjunto "Bora-Bora", que abrilhantou durante algumas horas o recinto onde decorreu o baile.
Domingo, a arruada a cargo da Banda da Sobreira, que percorreu as ruas da povoação , imprimindo um colorido especial.
A meio da manhã, celebrou-se missa solene, seguida da procissão, que integrou alguns andores, sendo um deles o da padroeira Nª Sª de Boa Morte. De realçar a decoração com pétalas de flores,que transmitiu em termos visuais ,uma beleza rara.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Vinho de Lafões


A Região de Lafões é constituída pelos vales do rio Vouga e seus afluentes, entre a serra do Caramulo, com um clima atlântico, originando condições edafoclimáticas propícias à produção de vinhos.
O vinho de Lafões é único, um vinho de transição entre o verde e o maduro, ou vice-versa. Parece que só há mesmo na região de Lafões. Na Bulgária e na Roménia há parecidos, mas não iguais.
As suas características são próximas das dos vinhos verdes, mais delgados e abertos, mas de maior graduação alcoólica, sendo tanto os brancos como os tintos ricos em ácido málico e uma acidez persistente.
São vinhos agradáveis de beber, indicados para acompanhar refeições de peixe e marisco, devendo beber-se bem frescos.
O nome desta região tem origem árabe e significa "dois irmãos", devido aos dois montes existentes, hoje chamados Castelo e Lafões. Apesar da secular tradição vinícola, os vinhos produzidos nesta zona apenas se afirmaram no início do século XX, com o reconhecimento das suas características particulares, conferidas pelos aspectos geográficos, climáticos e humanos.
Situada ao longo do Vale do Vouga, abrange os concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela. É uma pequena região onde o clima se caracteriza por estabelecer a transição entre o marítimo e o continental. As castas Amaral e Jaen são as mais utilizadas na produção de vinho tinto, enquanto as castas Arinto, Cercial e Rabo de Ovelha são as preferidas na produção de vinho branco.
Últimos Posts
-
Quando da invasão da Península Ibérica pelos romanos houve a introdução do carro de bois na Europa. Salvo pequenas alterações de carácter ...
-
A função de ambos é de (arar) os campos, revolvendo a terra com o objetivo de descompactá-la e, assim, viabilizar o desenvolvimento das...
-
Dólmen de Antelas, Oliveira de Frades O Dólmen de Antelas é o monumento megalítico que poss...