sábado, 31 de janeiro de 2009

Oliveira de Frades-O Meu Concelho




É uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e subregião do Dão-Lafões, com cerca de 2 400 habitantes.
É sede de um município com 147,45 km² de área e 10 585 habitantes (2001), subdividido em 12 freguesias. Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos (os outros são Montijo e Vila Real de Santo António), consistindo de duas porções, uma principal, de maiores dimensões, onde se situa a vila, e a outra menor, poucos quilómetros para sueste. O território principal é limitado a nordeste pelo município de São Pedro do Sul, a sueste por Vouzela, a sudoeste por Águeda, a oeste por Sever do Vouga e a noroeste por Vale de Cambra. O território secundário é limitado a norte e nordeste por Vouzela, a sul e sudoeste por Tondela e a oeste por Águeda.
Concelho criado em 1836 por desmembramento do concelho de Lafões nos actuais concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela.
Oliveira de Frades é terra antiquíssima.Comprova-o a Carta de Couto e confirmação de doação do Couto da Vila de Ulveira, aos frades de Santa Cruz de Coimbra, de 1169, concedida por D Afonso Henriques, no balneário de Lafões(actuais Termas de S.Pedro do Sul), onde se encontrava em tratamentos após a queda do cavalo, durante o cerco de Badajoz.
Estes desejos de autonomia, já parcialmente corporizados no referido Couto deram origem a um longo processo de gestação municipal, que culminou com a restauração definitiva do Concelho de Oliveira de Frades, por Decreto de Dª Maria II, de 7 de Outubro de 1837.
Por todo o concelho proliferam vestígios de um passado longínquo, manifestações de um património rico e diversificado. Ao longo de milhares de anos, por aqui passaram e se fixaram diferentes povos,deixando vestígios de uma prolongada permanência,contribuindo para a humanização da paisagem.
O megalitismo tem no concelho uma grande expressão. Classificados como Monumentos Nacionais, revestem-se de especial importância: o Dolmén de Arca e o Dólmen de Antelas. O último pelas pinturas que ostenta na superfície dos seus esteios, a vermelho e a negro, com mais de 5000 anos, é considerado uma jóia valiosíssima da pintura rupestre europeia.
Da idade dos Metais, abundam vestígios de castros e fortificações defensivas, como o Murado da Várzea.
Contemporâneos da época castreja, podemos ainda encontrar gravuras e insculturas rupestres. São sinais gravados em lages graníticas, das quais se destacam a Pedra das Ferraduras Pintadas, que as gentes locais interpretaram como sendo os "pés de todos os animais que havia em outro tempo"(lage onde"as mouras traziam o ouro ao sol"), a Pedra dos Cantinhos,onde, segundo o povo, estão representados moinhos de vento e alfaias agrícolas, como pás, enxadas e gadanhas; e o Rasto dos Mouros, onde se podem observar pegadas humanas e algumas covinhas ou fossetes que segundo a crença popular, são vestígios deixados pelo "cacete de ferro" dos Mouros.
A civilização romana também deixou no concelho, marcas da sua presença. Destacam-se os troços bem preservados de calçada romana, que integravam o trajecto da estrada que ligava Viseu a Àgueda, assim como os marcos miliários que se erguiam ao longo dessa via.
Na via romana, também conhecida por estrada "velha" ou do "peixe", durante séculos cruzaram-se almocreves, que forneciam de peixe as gentes da serra, e peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, que na Albergaria de Reigoso encontravam o acolhimento, sendo-lhes ofertada uma refeição, o calor do fogo, a frescura da água e o conforto de uma cama.
Excelentes obras de engenharia encontram-se ao longo do percurso de outros dois eixos viários estruturantes do concelho: a EN nº16, sucessora da Estrada Real, com o seu traçado sinuoso, em ziguezague constante, e a linha-de-comboio do Vale do Vouga, desactivada na década de 80 do século xx.

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