Diziam os antigos que do porco tudo se aproveita, nada é deitado fora. Quando morto tudo nele era aproveitado e comido ao longo do ano, em especial no Inverno, em que o consumo calórico também seria maior, para aguentar o frio e as agruras da vida na lavoura.
Pois bem, em Antelas, no sábado passado, também se matou o porco ou porca, pertença dos meus tios(Alice/Aires) que ainda vão mantendo vivas algumas tradições, que já vão rareando. Com a sabedoria de muitos anos de trabalho, a minha tia Alice com a destreza que lhe é peculiar, desmanchou o "bicho" e tratou de todo o ritual que procede ao seu abate, o retirar as tripas, operação esta, que requer alguma atenção, de modo a que nenhuma se rebente. Depois de depositadas em grandes alguidares para que sejam bem lavadas, serão posteriormente cheias com a carne, e daí resulta uma panóplia dos mais diversos tipos de enchidos que se hão-de "curar" suspensos em varapaus no fumeiro .
Estas práticas, ligadas à terra e às suas gentes, fazem parte da nossa cultura, cultura que os mais velhos, teimosamente, querem transmitir, como herança a preservar.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Últimos Posts
-
Quando da invasão da Península Ibérica pelos romanos houve a introdução do carro de bois na Europa. Salvo pequenas alterações de carácter ...
-
A função de ambos é de (arar) os campos, revolvendo a terra com o objetivo de descompactá-la e, assim, viabilizar o desenvolvimento das...
-
Dólmen de Antelas, Oliveira de Frades O Dólmen de Antelas é o monumento megalítico que poss...
Sem comentários:
Enviar um comentário